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Beleza Express

| em: 24/06/2013

Beleza Express

Já imaginou oferecer apenas um tipo de serviço para uma clientela muito maior? Essa é a proposta do Fast Beauty ou Beauty Bar, que simplifica os procedimentos de um grande salão para quem procura rapidez e eficiência. A tendência, que vem crescendo principalmente fora do Brasil, virou febre na Europa e nos Estados Unidos. “O novo modelo de negócio está indo na contramão daqueles espaços mais completos, que acabam se tornando grandes centros de embelezamento”, revela Andrezza Torres, analista de atendimento coletivo de serviços do Sebrae Nacional. Porém, segundo a especialista, um tipo de empreendimento não anula o outro por conta do público que contemplam. O Blowdry Salon, chamado de Balcão de Escova por Andrezza, destinado para quem procura penteados, é um dos nichos desse mercado.

Simplicidade e conforto

Um negócio focado em determinada atividade, nesse caso a modelagem dos fios, traz vantagens ao futuro empresário. “O espaço mínimo necessário é de 50 m2. Uma recepção, oito cadeiras para os escovistas e quatro lavatórios são suficientes para realizar um bom trabalho. Para isso, contando com os produtos e equipamentos, é preciso um investimento de, mais ou menos, R$ 200 mil”, conta Fabiana Gondim, consultora e idealizadora do Hair Size. Em um projeto assim, ficam de fora os setores de estoque, de manicure e pedicure, e de estética. “Tal diminuição de área representa economia em produtos e ferramentas. Isso possibilita o atendimento em um quiosque de shopping center”, revela Andrezza.

Por outro lado, a analista recomenda que o ponto a ser escolhido deve ter um fluxo de pessoas que tenham o perfil do negócio, ou seja, uma concentração de gente trabalhando. Estacionamento fácil é outra questão importante. “Se a cliente tiver que ficar procurando uma vaga para colocar o carro, não volta ao local pela segunda vez”, esclarece a especialista. A qualidade dos cosméticos utilizados nos procedimentos – xampu, condicionador, máscara e finalizador – é fundamental para garantir uma boa modelagem. “O profissional deve ter displays, uns dois ou três, exibindo as principais novidades das marcas com as quais trabalha. Isso incentiva o consumo”, ensina Fabiana. Ela também indica a montagem de uma pequena loja com produtos destinados ao home care na recepção.

Funcionários em foco

O maior investimento num Fast Beauty é em profissionais especializados, pois os resultados dependem do nível técnico deles. Mas essa característica implica movimentos repetitivos. “Todo mundo sabe que esse tipo de atividade pode causar LER – lesões por esforço repetitivo. Para manter o bem-estar, o rendimento e evitar afastamento dos colaboradores, recomendo sempre ginástica laboral – série de exercícios de alongamento que melhoram a qualidade de vida das pessoas no local de trabalho”, diz Fabiana. A idealizadora do Hair Size enfatiza que o zelo do empresário por seus funcionários tem como consequência uma equipe comprometida que gera lucros. Por isso, ele deve se especializar em gestão de pessoas para coordenar e manter o staff ativo, livre de problemas de saúde. O empreendedor não pode esquecer que as ferramentas tecnológicas usadas no dia a dia – secadores, chapinhas, babyliss e escovas – precisam ser ergonômicas. “Isso facilita bastante o trabalho e deixa males, como a tendinite, longe dos funcionários”, conclui Fabiana.

Liberdade e excelência

Chegar e ser atendida sem ter que marcar horário. Sim! Uma das propostas do novo modelo de salão de beleza é essa. A cliente entra e sai pronta em até 30 minutos. “O portfólio de penteados fica na recepção. A pessoa escolhe ali na hora o que vai fazer – escova lisa, de volume, cacheada, chapinha...”, diz Andrezza. Definido o procedimento, é hora do diagnóstico do profissional. Isso pode soar como algo “longo e demorado”. Mas Fabiana Gondim garante que, apesar de breve, é um protocolo necessário. “A cliente senta na cadeira por alguns minutos e conversa com o cabeleireiro. Então, ele seleciona xampu, condicionador e máscara ideais para o tipo de cabelo dela. O trabalho se torna mais profissional que uma simples escova”, explica. Depois de passar pelo lavatório, a pessoa volta à cadeira para a finalização. Na recepção, ela paga pelo serviço e ainda pode comprar os produtos para o home care.

Mimos necessários

Quem opta por um Fast Beauty não tem tempo a perder. A clientela geralmente aproveita o horário do almoço e do lanche para cuidar do visual. Aí está uma oportunidade de capitalizar o negócio. “O salão pode oferecer desde lanchinhos até pratos um pouco mais elaborados. O proprietário deve fazer parcerias com estabelecimentos próximos que entregam comida e criar um cardápio. Já observei isso em alguns lugares maiores”, diz Andrezza. Segundo ela, o serviço de beleza do futuro, disponível, principalmente, para a mulher contemporânea multitarefas, precisa se adequar a essa rotina que exige cada vez mais rapidez no atendimento. Isso sem contar a água, o cafezinho e o capuccino que não podem faltar.

 

Fonte: Cabelos e Cia