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Indústria perde não investindo em produtos para mulheres maduras

| em: 03/08/2012

Indústria perde não investindo em produtos para mulheres maduras

 

Ao não dar a devida atenção para as mulheres com mais de 50 anos, a indústria cosmética está abrindo mão de um mercado que tem tudo para bombar nos próximos anos. É o que aponta um estudo recém-publicado pela consultoria britânica Imogen Matthews Associates. Intitulado Older Women - The Forgotten Demographic, o trabalho aponta que, ao focar na juventude, a indústria cosmética subestimou uma faixa etária chave: o das mulheres com mais de 50 anos.

Além de se sentirem ignoradas, elas acham que grande parte da comunicação publicitária e de marketing dirigidas a elas grosseiras e humilhantes, reporta o estudo. Muitas das mulheres com mais de 50 anos adoram usar produtos de beleza. Mas não se sentem confiantes para experimentar algo novo. E apesar de as marcas acharem que estão trabalhando com foco nesse público, as informações sobre produtos, a publicidade e o atendimento nas lojas para esse público é falho.

O reflexo dessa miopia pode custar uma pequena fortuna à indústria cosmética.  O poder de compra dessa parcela da população é de aproximadamente 2 bilhões de libras. Algo como R$ 6.5 bilhões ao câmbio atual. E isso apenas no Reino Unido, onde a população de mulheres com mais de 45 anos representa 44% da população feminina.

A Imogen Mattheus Associates conduziu entrevistas em profundidade com mulheres de 54 até 90 anos, justamente para descobrir como elas se relacionam e consomem produtos de beleza. E descobriu que, em geral, elas se sentem ignoradas tanto pelas marcas como durante o ato de compra; como se sentem velhas ao ter que pegar o óculos para ler alguma informação; e, mais revelador: elas não se importam e não acreditam em produtos anti-idade.

 

Olhar para essa faixa da população representa certamente uma grande oportunidade para as indústrias brasileiras. É claro, que ao ler o estudo, você pode se dar conta de que o Brasil ainda é um país jovem. Certamente. Assim como o Reino Unido e tantos outros também já o foram décadas atrás.

Fonte: beautyfair.com.br